quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ou se é Policia ou não é. Não há meio termo nas perigosas ruas de nosso amado ERJ.

O ferimento causado por uma faca, destrói tecidos , mutila, mata pessoas, tanto quanto o de uma arma de fogo, sem contar com o impactante fator psicológico que o uso de uma arma branca causa no imaginário coletivo. Além de não existir a figura da " facada perdida" que o preciosismo poderia conduzir a uma ausência de dolo, como soe acontecer com a " bala perdida". Por outro lado, o Policial não conta em seu kit oficial, com o equipamento arma branca para fazer frente a esse caso, levando-se em consideração, o emprego equivalente e gradativo da força. O Estado o dota na sequencia, de um spray de pimenta/ GL, um bastão policial ( os quais por questões culturais nem sempre estão em seu poder) e de uma arma de fogo, essa sim sua eterna companheira. Deve portanto, amparado pela lei (CPP, CP, CPPM e CPM) , o Policial, fazer obrigatoriamente uso de sua ARMA DE FOGO a uma injusta agressão cometida por arma branca ( FACA /FACÃO ), contra si ou contra todo aquele/a  a  quem tem por dever legal defender. É o mínimo que se espera de um agente da lei. O desafiante "momento da verdade" estará sempre a  esperar cada Policial, em cada Setor, em cada Esquina, em cada " Curva de um calombo".  Que estejamos prontos para ele.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Meditação Policial. A humildade é a chave para o sucesso.

Meditação Policial.

Cientificamente, uma boa Teoria, quando alicerça uma Prática, permitindo generalizar boas ideias, normalmente torna eficiente, eficaz, e as vezes lastreados de efetividade alguns modelos operacionais. Porém quando uma boa teoria não permite que uma prática possa ser generalizada de acordo com a capacidade do Órgão responder a uma avassaladora demanda vigente, pela sua não factibilidade, historicamente costuma tornar-se apenas mais uma boa ideia, fadada a adormecer nos arquivos vetustos das Organizações. Quando não, malevolamente, obedecendo a caprichos pessoais, insistem-se nela, contrariando os mais comezinhos fragmentos de bom senso. O pior é que o potencial da vaidade humana até que seja confrontado com coragem, desprendimento e vigor, pelos que ainda conseguem ter uma visão cientifico/profissional/ holística da estrutura e conjuntura organizacionais X demanda , e finalmente conseguir dominar esse potencial nefasto e pernicioso, em nome da cidadania plena, equanimidade na alocação e distribuição dos recursos, razoabilidade e permanente busca do atingimento do bem comum, retornando-o ( o potencial de vaidade ) a seus limites razoáveis, costuma levar a uma infinidade de feridos/as e mortes inocentes. E agora ???

PS-Trocando em miúdos , na linguagem que a Tropa entende : "Historicamente a densa e verrumosa demanda criminal em nosso Estado costuma sabotar as mais brilhante ideias no campo da segurança pública". Ou melhor ainda: "NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA".  

terça-feira, 12 de maio de 2015

Fator Selva sempre presente.. Embora os norte americanos não gostem ( preferem chama-la de Gavião), mas a Harpia é sim, a " nossa Águia". E é maior que a "Aguia careca", seu ´simbolo maior. Seelvvva !!!!


João Marcos Rosa

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Harpia: missão quase impossível

por João Marcos Rosa em 26 de maio de 2009
Saímos de Belo Horiozonte, eu e o escalador e biólogo Marcus Canuto, com uma missão, digamos, meio complicada para essa nova etapa da documentação dos ninhos de harpia na Floresta Nacional de Carajás, no Pará. Um dos ninhos, no qual a fêmea estava chocando em nossa última viagem, poderia ter o ovo eclodido a qualquer momento e a foto que comprovasse esse momento seria o nosso objetivo principal durante os dias em que ficaríamos na plataforma no alto da castanheira.

Foto: Para tentar avistar dentro do ninho (que tem a parte central mais profunda), o biólogo Marcus Canuto busca o topo da castanheira, utilizando técnicas de escalada em dossel.

Foto: Desde lá de cima, fotografa a plataforma onde ficamos pelo menos 10 horas por dia esperando as atividades no ninho. (Foto de Marcus Canuto)
A semana foi passando e a atividade no ninho cada dia mais nos levava a crer que o filhote poderia aparecer a qualquer momento. A fêmea buscava ramos várias vezes por dia para deixar o ninho mais fresco. Em nosso penúltimo dia de campo, o macho apareceu com uma presa, o que gerou ainda mais expectativa, já que o filhote precisaria se alimentar em seu primeiro dia de vida. Porém o prazo e a pressão nos deixavam cada vez mais tensos em cima da árvore.


Fotos: A fêmea levando galhos para amenizar a temperatura do ninho.

Foto: O macho após deixar a presa para a fêmea também ajuda na manutenção do ninho.



Fotos: As chegadas e saídas do ninho mostram a imponência da envergadura das harpias.
No último dia, subimos ao ninho bem cedo, devido aos fortes sinais observados no dia anterior. Para nossa surpresa (e felicidade!) o ovo estava rompido e o filhote, que se movimentava ainda com dificuldades no ninho, nos dava um dado importantíssimo para a ciência: a data exata do seu nascimento.

Foto: A  fêmea com uma parte do ovo no bico.


Fotos: Carinho de mãe, aconchego no peito e proteção contra o sol.
Descemos do ninho por volta das 19h, já escurecendo, com uma sensação maravilhosa de missão cumprida. Num trabalho imenso que no campo, pode envolver apenas uma pequena equipe, mas que sem o apoio do ICMBio, com o Fred Drummond, a Vale, que patrocina a documentação e o livro que faremos com o material no fim do ano, e a coordenação da grande amiga Tânia Sanaiotti do INPA, jamais sairia do papel. Dedico a eles e a todos  os parceiros nesse projeto essas imagens. A conquista é de todos nós e quem agradece é a NATUREZA!

Foto: Time da pesada: depois de dias acordando de madrugada e passando horas e mais horas documentando o ninho, cada um mais acabado que o outro! Marcus Canuto (SOS Falconiformes), José Borges (Sacramenta/Vale) e eu.

Foto: Pra terminar mostrando a alegria imensa que me deu essa viagem, nada como uma imagem do fim do dia na Floresta Nacional de Carajás, realmente um lugar abençoado.
Na próxima traremos imagens do crescimento desse filhote, não deixem de acompanhar.