sábado, 18 de fevereiro de 2017

Crise existencial se trata no Himalaia

Estou pensando do que poderiam ser feitas algumas cabecinhas, ora cabeludas , ora carecas, ora falando grosso, ora falando fino, ora apaixonadas por gemadas douradas e dependentes de Ordenanças jovens e lépidos, ora de ombros lisos e solitários,  ora de rostos viris, ora de artefatos brilhosos nas orelhas, mas, porém, contudo, todavia, tendo como pano de fundo comum, o fato de terem sido sustentados nos últimos 30 anos , ou mais, com o soldo oriundo dos cofres da PM de Vidigal e Castrioto, de repente, não mais que de repente, virem na maior cara de pau, pregarem para a Tropa da melhor Policia do Cone Sul, a sua DESMILITARIZAÇÃO.
Saudades do tempo em que essas crises existenciais contaminadoras, eram tratadas com a ferramenta preferida do grande Marechal Vidigal, a qual encontra-se insculpida no verso da Medalha de primeiro colocado no CAO, o seu Chicote Camarão, a exibir " A firme aplicação da Lei".

 

Que se arrependam após 30 ou 40 de profissão, isso é perfeitamente possível e entendível. A natureza humana é muito complexa. Creio inclusive que deveriam ser dignos de pena, de solidariedade, de carinho, pois não pode haver maior grau de infelicidade no mundo, do que repetir as mesmas coisas durante todo esse tempo sem estar gostando do que faz. Sugeriria que um longo, longuíssimo retiro no Himalaia, em um grande, vetusto, silencioso e de dificílimo acesso, Templo Religioso, seria a solução. ( Hauuuummmm,  haummmm, haummmm).

 

Mas , atreverem-se a querer mudar a cabeça de toda a Tropa, que está satisfeita em fazer o que faz, da forma  como faz, com o status que a lei maior do Pais e Nação, lhe confere, ai não,  ai, só coça.

5 comentários:

  1. O introito humorístico é uma marca de qualidade textual.
    Estou rindo mesmo ao ler.
    O problema é que nesse país de desemprego, o indivíduo sujeita-se a uma carreira profissional no serviço público principalmente pela ilusão da estabilidade, mesmo sob todas as agruras, camufladas ou conhecidas, no setor público.
    Uma delas é o congelamento da carreira, porque ingressando em cargo de um nível, elementar, fundamental ou médio, a ascensão ao nível superior não se faz pela qualificação do servidor, mas por pela prestação de novo concurso público. Em alguns casos com provas de títulos, em outros não. Exemplo interessante é o da Comlurb onde garis não alçam voôs aos os cargos de diretoria, mesmo apropriadamente qualificados.
    Doutra forma, o debate é valioso na democracia e as várias posições plurais são esperadas. E para concordar com a sua, existe uma instituição policial militar por necessidade social.
    Se há, e sabemos que há, maus usos, excessos e abusos, que sejam também tratados sob a luz democrática. Para isso existem as outras instituições públicas na sociedade.
    Que se aperfeiçoem sob a razão.

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    1. Obrigado pela intervenção caro LeoJandre.
      Sim, a Briosa é uma " Necessidade social". É também modelo de Democracia e Meritocracia de Mobilidade Social, ou vice -versa, basta estudar, ter conceito compatível, distinguir-se entre seus pares, mergulhar sob o sacrifício da própria viva na defesa de seus semelhante, fazer os concursos e chegará ao ápice da carreira.
      Essa é a nossa PMERJ. Os vocacionados, nunca trabalham, porque durante quase quarenta anos só fazem o que gostam. Enquanto isso,aqueles que não se enquadram nesses parâmetros, sofrem até morrer. E viva a PM !!!!!!

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  2. Eu não estou satisfeito em fazer o que faço, pois nada faço. O policial de hoje é um vigilante de luxo, um guarda de condomínio, que ali está para satisfazer interesses de alguns e não fazer o que está previsto. Se abordar é abuso, se intervir, se tiver iniciativa, ninguém o chamou, se vir um veículo avançar um sinal nada deve fazer; em outros tempos isso seria um comportamento suspeito, digno de uma abordagem pois o PM de antes quereria saber o por quê do avanço, dá contra mão, do estar sem placa, do estar todo apagado; mas hoje não. Tudo vemos inertes, tudo o que outrora seria motivo de o PM parar e só de olhar muito se resolvia. Mas agora eles dizem, deixa que é não pode fazer nada. Exceto é claro a polícia privatizada, verde, vermelha, lilás, essa pode tudo, essa sim dá resultados. O amigo aí em cima disse que tem gente que fica pelo emprego. Pois eu não vou a essa altura do jogo, faltando 5 minutos, pedir meu boné. Na firma eu sou peão; se o engenheiro quer que eu só assente o tijolo que me for mandado, eu, ainda que no meu íntimo ciente de que não é assim que se trabalha, ciente de que ele está dando ordens contrárias ao manual que ele estudou, seja lá pq motivo, assim o farei. Pois o se vir sabe muito bem o que acontece aos que ousam estar certos quando o governo está errado. minha continência CMT.

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    1. Obrigado pela intervenção Inconformado. Não se entregue. Nunca. Faça um balanço. Reencontre novas alternativas de realização. Sempre é tempo. Abraço.

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